quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Batalha de Hastings

Para marcar o retorno das atividades no blog, uma peguena resenha sobre uma das mais importantes Batalhas da história.
O conflito originou-se da disputa sucessória pelo trono da Inglaterra. Harold Godwinson reclamou o trono logo após a morte de Eduardo, o Confessor em janeiro de 1066. Ele contava com o apoio da Witenagemot, a assembléia dos nobres Anglo-Saxões.
Segundo algumas fontes da época, Eduardo havia prometido em vida o trono para seu sobrinho Guilherme, Duque da Normandia, mas mudou de opinião no leito de morte e transferiu o direito do trono para Harold.
 


A notícia da coroação de Harold foi interpretada como uma declaração de guerra por Guilherme, que começou os preparativos para o ataque. Como o exército normando não era grande o bastante, nobres italianos foram chamados para complementar as tropas.
Para aumentar o entusiasmo das tropas, Guilherme prometeu terras e títulos aos nobres que o acompanhassem. Com isso recrutou uma frota de 696 embarcações e um contingente de cerca de 20.000 homens.
Em setembro de 1066 as tropas aportaram sem oposição em Pevensey . O então rei Harold II havia acabado de derrotar as tropas comandadas por Harald Hardrada e Tostig Godwinson (irmão de Harold) na Batalha de Stamford Bridge, próximo a cidade de York.
Logo que foi informado do desembarque das tropas do duque da normandia apressou-se em ir ao encontro dos invasores. Seu irmão Gyrth aconselhou-o a aguardar a chegada de reforços, mas Harold estava determinado a mostrar a seus súditos que estava apto a defender seu reino de qualquer invasor.
O exército inglês era composto quase na sua totalidade por infantaria. Os soldados eram profissionais, recrutados entre a baixa nobreza e tinham um forte elo de obediência ao rei. Sua arma básica era o machado de guerra duplo e, como arma secundária cada soldado carregava uma espada.
A força dos normandos vinha de sua cavalaria, conhecida como uma das melhores da Europa.
No inicio da batalha a ofensiva começou com os normandos que cobriram as tropas inglesas com flechas, mas os escudos da infantaria inglesa fizeram bem o seu papel de defesa.
A infantaria de Guilherme avançou para concluir o ataque, mas, as tropas defensoras tiveram menos baixas que o esperado e conseguiu manter-se firme diante da investida normanda o que obrigou o duque a ordenar um ataque de sua cavalaria antes do esperado. Mais uma vez, o exército inglês repeliu o ataque.
Neste momento, o duque teve uma idéia que mudou o destino da batalha. Ordenou o avanço do seu flanco esquerdo, constituído principalmente por homens inexperientes e mal armados, que não estavam à altura dos ingleses. O flanco esquerdo foi massacrado e muitos puseram se em fuga. O flanco direito dos ingleses precipitou-se em um ataque contra os bretões em retirada. Sem o suporte do resto do exército e a proteção da muralha de escudos, foram apanhados por uma carga de cavalaria normanda e massacrados.
Vendo que o inimigo era rápido em sair de sua posição no contra-ataque, os normandos começaram a orquestrar fugas, de forma a atrair os ingleses para a morte, numa táctica já usada em guerras no continente. A cada novo embate, fuga e emboscada, a muralha de escudos ingleses tornava-se mais frágil e ao fim do dia era já bastante permeável. Preocupado com a fraqueza da sua própria posição, Guilherme manda avançar de novo os arqueiros, numa última tentativa para resolver a batalha antes de a noite cair. Desta vez os arqueiros foram bem mais eficientes e provocaram sérias baixas na linha inglesa. Nesta altura, a cavalaria normanda lança o último ataque. No confronto que se seguiu, o rei Haroldo II de Inglaterra foi ferido e perdeu o controle dos acontecimentos, lançando o caos no seu exército. Em breve a barreira de escudos desmoronou, assim como a resistência inglesa.
Após a luta, Guilherme foi para Londres, aonde foi coroado no Natal de 1066 na abadia de Westminster.

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