O conflito originou-se da disputa sucessória pelo trono da Inglaterra. Harold Godwinson reclamou o trono logo após a morte de Eduardo, o Confessor em janeiro de 1066. Ele contava com o apoio da Witenagemot, a assembléia dos nobres Anglo-Saxões.
Segundo algumas fontes da época, Eduardo havia prometido em vida o trono para seu sobrinho Guilherme, Duque da Normandia, mas mudou de opinião no leito de morte e transferiu o direito do trono para Harold.
A notícia da coroação de Harold foi interpretada como uma declaração de guerra por Guilherme, que começou os preparativos para o ataque. Como o exército normando não era grande o bastante, nobres italianos foram chamados para complementar as tropas.
Para aumentar o entusiasmo das tropas, Guilherme prometeu terras e títulos aos nobres que o acompanhassem. Com isso recrutou uma frota de 696 embarcações e um contingente de cerca de 20.000 homens.
Em setembro de 1066 as tropas aportaram sem oposição em Pevensey . O então rei Harold II havia acabado de derrotar as tropas comandadas por Harald Hardrada e Tostig Godwinson (irmão de Harold) na Batalha de Stamford Bridge, próximo a cidade de York.
Logo que foi informado do desembarque das tropas do duque da normandia apressou-se em ir ao encontro dos invasores. Seu irmão Gyrth aconselhou-o a aguardar a chegada de reforços, mas Harold estava determinado a mostrar a seus súditos que estava apto a defender seu reino de qualquer invasor.
O exército inglês era composto quase na sua totalidade por infantaria. Os soldados eram profissionais, recrutados entre a baixa nobreza e tinham um forte elo de obediência ao rei. Sua arma básica era o machado de guerra duplo e, como arma secundária cada soldado carregava uma espada.A força dos normandos vinha de sua cavalaria, conhecida como uma das melhores da Europa.
No inicio da batalha a ofensiva começou com os normandos que cobriram as tropas inglesas com flechas, mas os escudos da infantaria inglesa fizeram bem o seu papel de defesa.
A infantaria de Guilherme avançou para concluir o ataque, mas, as tropas defensoras tiveram menos baixas que o esperado e conseguiu manter-se firme diante da investida normanda o que obrigou o duque a ordenar um ataque de sua cavalaria antes do esperado. Mais uma vez, o exército inglês repeliu o ataque.Neste momento, o duque teve uma idéia que mudou o destino da batalha. Ordenou o avanço do seu flanco esquerdo, constituído principalmente por homens inexperientes e mal armados, que não estavam à altura dos ingleses. O flanco esquerdo foi massacrado e muitos puseram se em fuga. O flanco direito dos ingleses precipitou-se em um ataque contra os bretões em retirada. Sem o suporte do resto do exército e a proteção da muralha de escudos, foram apanhados por uma carga de cavalaria normanda e massacrados.Vendo que o inimigo era rápido em sair de sua posição no contra-ataque, os normandos começaram a orquestrar fugas, de forma a atrair os ingleses para a morte, numa táctica já usada em guerras no continente. A cada novo embate, fuga e emboscada, a muralha de escudos ingleses tornava-se mais frágil e ao fim do dia era já bastante permeável. Preocupado com a fraqueza da sua própria posição, Guilherme manda avançar de novo os arqueiros, numa última tentativa para resolver a batalha antes de a noite cair. Desta vez os arqueiros foram bem mais eficientes e provocaram sérias baixas na linha inglesa. Nesta altura, a cavalaria normanda lança o último ataque. No confronto que se seguiu, o rei Haroldo II de Inglaterra foi ferido e perdeu o controle dos acontecimentos, lançando o caos no seu exército. Em breve a barreira de escudos desmoronou, assim como a resistência inglesa.
Após a luta, Guilherme foi para Londres, aonde foi coroado no Natal de 1066 na abadia de Westminster.
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