quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Robin Hood

A partida representa 3 semanas de festejos no castelo de Notingham, e durante esse tempo, vários camponeses irão até lá em busca de bons negócios. 
Por Sarah Gabriela 
Existem produtos que podem circular livremente na área do castelo: Batatas, Frutas e Galinhas não possuem nenhuma restrição ao seu comércio. Mas, existem camponeses que insistem em comercializar produtos ilegais para conseguirem um lucro maior (claro, que de maneira mais arriscada). A fiscalização do produto e feita por guardas que nem sempre são tão honestos... e as vezes “aceitam um agradinho” para deixar a mercadoria passar. 
Ao começo de cada turno um jogador é determinado xerife. Cada jogador recebe 5 cartas. Existem 5 fichas de carroça ao centro da mesa, e cada carroça é numerada de 2 a 5 (duas carroças de 2 e uma de cada uma das outras).
A partir do jogador à esquerda do xerife, cada um escolhe uma das carroças e o número estampado na mesma representa o número de cartas de mercadorias que esse jogador poderá levar para o castelo no seu turno, sendo que cada carroça só pode levar 1 tipo de mercadoria por turno (de maneira legal, na ilegalidade pode conter o que o jogador quiser, inclusive produtos ilegais). Após todos anunciarem quantas mercadorias e o tipo que será embarcado, o xerife escolhe um dos jogadores para ter a carroça vistoriada. O jogador então tem a liberdade de tentar “negociar” com o xerife. Se o xerife aceitar o suborno, a carroça não é vistoriada. Caso contrário, todos os produtos que não houverem sido anunciados e/ou forem ilegais são confiscados. Se TODOS os produtos da carroça forem do tipo anunciado, o jogador recebe uma indenização. Após o fim das revistas, todos os jogadores põem suas mercadorias sob sua ficha de camponês. O jogador à esquerda do último xerife assume agora o cargo e os jogadores compram cartas novamente até voltarem a ter 5 cartas.

Além desses elementos básicos, o jogo possui um conjunto de fichas que cada jogador recebe, que só podem ser usadas, cada uma, uma vez por partida. São elas:
  • Ficha de Ajudante do Xerife: Cada jogador recebe duas dessas fichas. O xerife pode descarta- la para ter direito a revistar uma segunda carroça (ou uma terceira, se ele fizer a sua vistoria normal, gastar a primeira ficha e a segunda em um mesmo turno.
  • Ficha de Confisco: Com o descarte dessa ficha, o xerife pode escolher um jogador que não tenha sido revistado durante o turno corrente e confiscar todos os bens não declarados (inclusive os ilegais), colocando-os sob sua ficha de camponês.
  • Ficha de Robin Hood: Só um jogador por rodada tem direito a usar a ficha de Robin Hood. Ao descarta-la, o jogador ganha o direito de descartar quantas cartas quiser de sua mão e comprar novas até completar sua mão. 
Após todos os jogadores terem sido xerifes uma vez, a semana de festejos acaba, e os produtos que estão abaixo da ficha de camponês de cada um são vendidos (claro que os jogadores que entrarem com mais mercadorias ilegais no castelo ganham mais). Após cada um receber as moedas as quais tem direito, o jogador que marcou menos pontos escolhe quem será o próximo xerife e o processo inteiro se repete até que cada jogador tenha sido xerife três vezes.
Após a última semana, as últimas vendas são efetuadas e o jogador que houver acumulado mais moedas ganha. O jogo foi uma grata surpresa e agradou a todos os jogadores aos quais foi apresentado. Temos tomado certo cuidado com a faixa etária durante as mesas de demonstração, já que a temática e a mecânica introduzem elementos como suborno, blefe e trapaça (coisa que não são muito boas para público infantil). Fora isso, para adultos inteligentes e dispostos a passar algum tempo se divertindo, o jogo é um prato cheio.

Observação:
Por Evaldo Vasconcelos
Testamos o jogo ano passado na Virada Cultural em Manaus, mas com poucas pessoas. Ontem, voltamos a demonstra-lo em outro evento com um público mais adolescente e maior na 1ª Mostra Cosplay do Sesc e tivemos uma dificuldade enorme em conseguir jogadores. O Robin Hood foi abertamente descriminado pelo público jovem devido ao acabamento gráfico. Jogos como O Vale dos Monstros e UGC tiveram uma aceitação muito melhor pelo público.
Quem jogou adorou, mas fica a dica para a Galápagos: Assim que for possível uma 2 edição, reformular a embalagem com ilustrações mais atrativas para o Hobin Hood. Apesar do jogo ser perceptivelmente voltado a uma audiência adulta, até pela temática, uma mudança no visual ajudaria bastante.
No mais, um grande jogo, material de primeira  e uma jogabilidade que surpreende.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...